“Quando os cinco sentidos e a mente estão parados, e a própria razão descansa em silêncio, então começa o caminho supremo.
Esta firmeza calma dos sentidos chama-se Yoga. Mas deve-se estar atento, pois o Yoga vem e vai”.
Katha Upanishad VI

11 dezembro 2008

Mangala Mantra

(após prática da Astanga Vunyasa Yoga)

Om
Swasti praja bhyah
Pari pala yantam
Nyá yena márgena mahi mahishaha
Go brahma nebhyaha
Shubamastu nityam
Loká samastá sukhino bhavantu
Om Shanti Shanti Shanti

Que a prosperidade seja glorificada,
Que os governantes nos governem com justiça,
Que todas as coisas sagradas sejam protegidas,
Que todos os seres, de todos os lugares, sejam livres e felizes, e que eu possa, com meus pensamentos e minhas ações contribuir para este objetivo.
Que haja paz, paz, paz

Astanga Yoga Mantra

Om
Vande Gurunam charanáravinde
Sandarshita svatma sukhava bodhe
Nih sreyase jangalikayamane
Samsara halahala mohasantyai
Abahu purushakaram
Sankhachakrasi dharinam
Sahastra sirasam svetam
Pranamani patanjali

Om
Saúde os pés de lótus do mestre
Que ensina o justo saber e mostra
O caminho para o despertar da alma
Aquele que está além das comparações
E que, como o médico da selva
Extrai da consciência o veneno da ignorância.
Inclino-me frente ao sábio Patanjali,
Que tem forma humana na parte superior do corpo,
Que segura uma espada, uma concha e um disco,
E que está coroado por uma serpente de mil cabeças

23 julho 2008

Quibe Vegetariano

Para o quibe:
1 xícara (chá) de proteína de soja texturizada miúda
2 colheres (sopa) de molho de soja (tipo Shoyu)
2 xícaras (chá) detrigo para quibe
2 colheres (sopa) de farinha de trigo integral
sal marinho a gosto
1 xícara (chá) de batata cozida e passada no espremedor
1 ovo
2 dentes de alho amassados
3 colheres (sopa) de cebolinha picada
½ xícara (chá) de hortelã picada
3 colheres (sopa) azeite

Para o recheio:
300g de ricota amassada
½ xícara (chá) de azeitonas verdes picadas.
orégano e sal marinho a gosto.

Modo de preparo
Coloque o trigo para quibe em água quente, cobrindo com 1 dedo a mais de água. Mexa e deixe hidratar por 15 minutos.
Coloque a proteína de soja num recipiente e cubra com água quente. Mexa e deixe hidratar por 15 minutos.
Passado este tempo, misture o trigo para quibe com a proteína.
Adicione a batata e mexa. Adicione a farinha de trigo integral e mexa.
Coloque o ovo e misture.
Acrescente a cebola, a hortelã, o alho, a cebolinha, o molho de soja e o sal a gosto.
Mexa bem e reserve.
Agora, prepare o recheio. Para isso, misture a ricota com o orégano. Acrescente a azeitona e o sal a gosto, mexa.
Unte um recipiente médio de vidro com azeite.
Coloque metade da massa no recipiente. Pressione com uma espátula. Coloque o recheio e pressione com a espátula. Em seguida, coloque o restante da massa e pressione com a espátula.
Com uma faca faça cortes grandes “quadriculando” o quibe.
Regue com azeite e espalhe com pincel culinário.
Leve para assar em forno pré-aquecido por aproximadamente 40 minutos.

Quiche de Alho-poró

Ingredientes para a massa
1 xícara (chá) de farinha de trigo branca
½ xícara (chá) de farinha de trigo integral
¾ xícara (chá) de manteiga ou margarina
1 colher (chá) de sal
4 colheres (sopa) de água gelada

Ingredientes para o recheio
2 colheres (sopa) de azeite
2 dentes de alho picados
1 e ½ xícara (chá) de alho-poró, picado em rodelas
3 ovos
1 xícara (chá) de creme de leite
sal marinho a gosto

Rendimento 12 fatias

Modo de preparo
Comece pelo recheio.
Para isso, coloque o azeite e o alho numa panela. Refogue.
Acrescente o alho-poró.
Adicione uma pitada de sal, mexa e deixe cozinhar um pouco. Deixe esfriar para usar.
Para a massa, coloque as duas farinhas num recipiente.
Adicione a manteiga e o sal.
Misture até obter uma farofa.
Coloque um ovo e mexa.
Acrescente a água gelada e mexa.
Sove até que a massa fique consistente, desgrudando das mãos. Se necessário, acrescente um pouco mais de farinha.
Abra a massa entre um filme plástico usando o rolo.
Acomode a massa numa assadeira redonda com fundo removível.
Pressione as laterais da massa para retirar o excesso.
Fure a massa com um garfo.
Leve ao forno pré-aquecido em temperatura média, por aproximadamente 10 minutos.
Acomode o alho-poró refogado sobre a massa.
Separadamente, bata os ovos com um garfo. Acrescente o creme de leite e o sal. Mexa até formar um creme.
Despeje sobre o alho-poró e asse por aproximadamente 30 minutos.
Deixe esfriar um pouco e desinforme com cuidado.

Hamburguer de Soja

Ingredientes
1 e ½ xícara (chá) de proteína de soja texturizada miúda
4 colheres (sopa) de molho de soja (tipo Shoyu)
1 e ½ xícara (chá) de água
1 cebola ralada
3 colheres (sopa) de farinha de trigo integral
2 colheres (sopa) de farinha de rosca
1 ovo
sal marinho a gosto

Modo de preparo
Hidrate a proteína de soja com o molho de soja e a água.
Adicione o ovo e mexa.
Coloque a cebola.
Depois, acrescente a farinha de trigo integral e mexa.
Adicione a farinha de rosca e mexa novamente.
Disponha a salsinha.
Coloque o sal a gosto.
Misture bem para deixar a massa homogênea.
Envolva um pedaço de papel filme numa tábua de cortar alimentos.
Coloque uma colher de massa e sobreponha outro pedaço do papel filme.
Pressione a massa com modelador de hambúrguer.
Modele os hambúrgueres.
Na falta do modelador, modele-os à mão.

Chai - Chá Indiano Delicioso

Um saboroso chá indiano com especiarias, ótimo para substituir café-com-leite ou acrescentar um toque oriental ao café da tarde.
Ingredientes
• Chá-preto (granel de preferência)
• Cravo
• Canela
• Gengibre
• Cardamomo (em semente, preferencialmente)
• Açúcar
• Leite
• Água
Modo de fazer
(para 2 xícaras grandes)
1. Coloque em uma panela 2 xícaras de água, três saquinhos de chá preto ou o equivalente em granel, 5 cravos, 2 pedaços de canela em pau, 4 sementes abertas de cardamomo (abra a semente com uma faca), 1 colher de sopa de lascas de gengibre;
2. Deixe a mistura acima ferver por, no mínimo, 5 minutos;
3. Depois deste tempo, acrescente 2 xícaras de leite e açúcar à gosto;
4. Deixe o leite levantar fervura e desligue o fogo;
5. Coe a mistura e sirva!

04 junho 2008

Mantra (Junho/08)

Om Asatoma Sad Gamaya
Tamasoma Jyothir Gamaya
Mrityorma Umritam Gamaya
Om Tryambakam Yajaamahe
Sugandhim pushtivardanam
Urvaaru kamiva bandhanaat
Mrtyor mukshiya maamrtaat
Om Shanti, Shanti, Shantihi

Conduze-nos da irrealidade para a realidade, das trevas para a luz e da morte para a imortalidade.
Peço ao Senhor Shiva, o que tem 3 olhos, Aquele que é o Senhor de todos os sentidos equalidades que é o que sustenta todo o crescimento. Que ele nos liberte do ciclo de renascimento e morte. Om Paz, Paz, Paz.

Dia da Mulher na OAB - Barra Bonita

Agradeço muito a oportunidade de ter participado deste evento e por terem me proprocionado momentos inesquecíveis de alegria, sentimentos amorosos e confiança.




Ghee artesanal

Ghee é basicamente manteiga purificada. Isto é, manteiga
à qual foi retirada a lactose, água e outros elementos presentes no leite.


Segundo a milenar ciência Ayurvédica, Ghee é um alimento que promove a saúde integral do nosso corpo, vitalidade e longevidade, tendo uma influência positiva e sutil no nosso corpo, mente e espírito.

Ao ingerir Ghee, estamos a fornecer o melhor dos combustíveis ao nosso fogo digestivo (agni). Entre as dezenas de benefícios, podemos destacar:

Digestão - aumenta a nossa capacidade digestiva, ajuda a equilibrar o excesso de ácido no estômago e a manter e reparar as paredes do mesmo.

Absorção - Ghee é uma parte fundamental na criação de medicamentos à base de ervas medicinais. Aumenta o efeito destas ervas, e auxilia na penetração nas paredes das células do nosso corpo.

Queimaduras - tal como o Aloé Vera, Ghee ajuda no tratamento e recuperação de queimaduras se aplicado rapidamente na zona afectada.

Mente - fortalece o funcionamento da nossa mente, memória e aprendizagem.

Equilíbrio Ayurvedico - equilibra as doshas Vata e Pitta .

Fatos que tornam o Ghee uma versátil e excelente alternativa aos óleos tradicionais ou margarinas para cozinhar:

  • É altamente nutritivo.
  • É muito aromático e saboroso (basta usar metade ou 2/3 da quantidade usada com outros óleos).
  • Tem um ponto de combustão muito alto, comparado com os outros óleos ou azeites.
  • Não queima ou faz fumaça enquanto se cozinha.
  • Pode-se usar em refogados, frituras ou até mesmo para untar.
  • Fornece-nos os ácidos gordos essenciais, sem as desvantagens dos óleos transgênicos, hidrogenados ou problemas de colesterol.

Além disto, o Ghee não necessita de nenhum tipo de preservação especial. Pode ficar fora da geladeira e manter-se assim durante muito tempo. Diz-se que quando aplicado, aumenta também a preservação do resto dos alimentos.

04 abril 2008

Yoga, uma prática necessária

Imagine tudo perfeitamente bem. Você sem questionamentos sobre o Universo e sobre sua pessoa, com todas as perguntas respondidas. Imagine-se livre para viver o seu potencial, sem medos, apegos, livre de condicionamentos, livre para viver cada momento, aceitando-se e aceitando o rumo da vida e dos acontecimentos no mundo exatamente do jeito que eles são. Imagine-se sábio.

Caso você se sinta dessa forma, não há na verdade necessidade de praticar yoga, pois o que queremos através da prática e do estudo é chegar neste lugar de paz, compreensão, aceitação, liberdade e bem-aventurança.

Por isso afirmo que, nós yogis, praticamos yoga por pura necessidade. Se em nossas vidas tudo estivesse perfeito, caso não houvesse dúvidas sobre a existência, caso não houvesse alguma inquietação e ignorância sobre nós mesmos e sobre o universo, além de muitas perguntas sem respostas, com certeza não iríamos investir ou “gastar” nosso tempo praticando yoga. Técnicas austeras, cheias de disciplina, super rigorosas, e que às vezes, pode até parecer uma tortura.

Iríamos sim para a praia, encontrar nossos amigos, fazer algo mais fácil e divertido. Não quero dizer que a prática é algo chato, mas é necessário e principalmente no inicio, bastante esforço e perseverança.

Então praticamos yoga porque precisamos, temos uma necessidade de nos entender, de entender nosso sofrimento, de estar bem com nossos sentimentos e emoções, nossas perguntas sem respostas, nosso desconforto corporal e nossa inadequação no mundo.

Você já deve ter notado que o yoga esta na moda. E que a visão e a expectativa que nós e as pessoas que não praticam yoga tem, é que os yogis são pessoas calmas, resolvidas, sem problemas e que vivem em perfeita harmonia. Esse é o ideal, mas não é tão fácil de chegar nele. Afinal, a maioria das pessoas vai de encontro ao yoga com muitos questionamentos e com vários problemas de saúde.

Essa é uma grande responsabilidade para os praticantes de yoga diante a sociedade, pois o yoga é um estado de consciência que produz paz interior, mas é um estado em que entramos e infelizmente saímos. Quando saímos deste estado, a primeira coisa que ouvimos é a famosa frase: “mas você não faz yoga?”.

Fácil é falar, se yoga fosse realmente o remédio para todos os ataques de nervosismo, toda crise de ansiedade e insegurança, com certeza todos estariam praticando. O que não é o caso. O yoga pode sim ajudar muito, mas só faz efeito realmente quando dedicamos bastante tempo a ele. É uma troca proporcional, o yoga lhe dá a medida que você dá a oportunidade a ele. E tem muita gente por ai que fala mais do que pratica...

É importante lembrar que a pessoa que pratica yoga está buscando e não necessariamente encontrou o que busca. Quando você inicia a prática de yoga, sente muitos resultados no corpo, na respiração e na consciência. Esse primeiro passo é como uma boa faxina em uma casa abandonada. Quando você limpa uma casa abandonada pela primeira vez, vê uma grande diferença, mas com o tempo morando na casa, percebe que existem muitas coisas a serem consertadas e muitas sujeiras nos cantos. Por isso, quando iniciamos a pratica do yoga sentimos efeitos superficiais, ou seja, mudança de postura, melhora no sono, maior conforto corporal entre outras coisas. Mas é com o tempo de prática que podemos mudar nossos condicionamentos mais profundos, ou seja, a maneira como vemos as coisas, nosso gênio e modo de lhe dar com dificuldades do dia-a-dia, por exemplo. Mas o yoga só produz grandes resultados quando praticado por um longo período de tempo e sem interrupção. Essa mudança é lenta e deve ser lenta para não produzir danos tanto no corpo, como nas emoções, esta mudança deve ser um processo.

É ruim quando por alguma razão perdemos o centro, pois o yoga se perde junto, ficamos decepcionados. Acabamos pensando que a pratica não adianta. Pois, além de todo o esforço, percebemos que ainda estamos muito longe do “ideal”, ou das nossas expectativas e das pessoas a nossa volta. Então a melhor resposta para a pergunta “mas você não faz yoga?” é: “imagina se eu não fizesse yoga!!!”. Com certeza as coisas seriam bem piores, pois estaria ainda mais desequilibrada, mais inconsciente.

Durante a caminhada do yoga encontramos vários obstáculos, mas lembre-se que obstáculos podem ser transpostos. Um deles é a incapacidade de se manter no estado de yoga. Isso acontece com freqüência, pois o caminho não é sempre na direção para onde queremos chegar. Às vezes, temos que voltar ou ficar parado para que a transformação aconteça gradualmente e dessa forma protegendo você de ter processos muito fortes que podem produzir mal estar, tanto físico como psíquico.

O caminho às vezes é fácil, às vezes difícil, às vezes damos passos largos, e muitas vezes ficamos parados. O importante é se manter atento o tempo todo, é se manter como testemunha observando o que acontece. E não desistir, pois a paz e a confiança de que tudo é da maneira que tem que ser acontece com o longo dos anos.

Durante a caminhada nos vemos fazendo a coisa errada, saindo do caminho. O mais importante é manter a atenção e tomar consciência de que se está fazendo a coisa errada, afinal estamos o tempo todo fazendo um diagnóstico de nós mesmos. Em qualquer tratamento médico o mais importante para obter a cura é o diagnóstico, para assim tomar o medicamento apropriado, tratar o que tem que ser tratado. E nessa caminhada é errando, e tomando consciência que se aprende.

Outro obstáculo é a preguiça. Quando ela aparecer, lembre-se que sempre nos sentimos melhor depois da prática, é a constância na prática que irá produzir o auto-conhecimento e o equilíbrio interior. Sinceramente, nunca me arrependi de ter praticado yoga, e sim de ter deixado o dia passar em branco, sem praticar. Tenha na memória o final de uma ótima prática, onde você se sentiu nas nuvens ao terminar. Quando a preguiça ou o desanimo aparecerem, lembre-se desse momento feliz. Assim fica mais fácil iniciar, e depois de começar tudo ficar bem.

Basicamente o que a prática do yoga proporciona é um treinamento para nos mantermos no momento presente, que, aliás, é o único que existe. Essa presença ajuda na concentração e na conexão entre o que pensamos e sentimos, tornando a mente mais objetiva para poder ver as coisas como elas são e não como nossos sentimentos e condicionamentos estão acostumados. Isso torna a vida mais real. Dessa forma nos mantemos centrados em todas as situações e mesmo quando escorregamos tomamos consciência e podemos rever o que foi feito.
Tente segurar a sua ansiedade espiritual. Mantenha-se no caminho, sem expectativas, pois ele é longo. E nem sempre o caminho mais curto é o mais fácil. Às vezes, um passo para trás é na verdade uma longa caminhada para frente. Isso depende de você aproveitar a oportunidade de aprender. Faça sempre a prática com uma mente renovada e fresca, como se fosse algo novo e único, pois isso nos ajuda a estar presente.

Ao escolher o caminho do yoga, muitas disciplinas e regras são requeridas, é importante ir com calma, mudando seus hábitos de forma tranqüila, equilibrada, sem muito controle. Algo que seja de dentro para fora e não com pressão de fora. Isso é muito importante no caminho, pois tudo que controlamos demais acaba criando uma pressão interna muito grande e chega um dia explode! Por isso muitas pessoas perdem a oportunidade de se aprofundarem no yoga, acabam perdendo um enorme presente de Deus. Vá com calma e sempre. Mantenha-se presente e tenha uma boa caminhada!

27 fevereiro 2008

A prática de Yoga no período menstrual

Durante o período menstrual, a mulher tem a possibilidade de fazer uma pausa para meditar sobre as manifestações do inconsciente – mostradas no período pré-menstrual - e se preparar para agir conscientemente no ciclo daquele mês, tendo o seu ápice no período fértil. Infelizmente, como a desarmonia e a falta de naturalidade ainda imperam na vida planetária, as manifestações do período pré-menstrual ainda nos causam tremenda incompreensão e desconforto (mais detalhes vide Apostila TPM).
Em muitas tradições antigas o Tempo da Lua (menstruação) é considerado um tempo sagrado da mulher, durante o qual ela é honrada sendo a Mãe da Energia Criativa. Durante este período ela deve se liberar das energias antigas que seu corpo vinha carregando, e preparar-se para a religação com a fertilidade da mãe Terra. Nossas ancestrais sabiam o quanto era importante permitir que a mulher pudesse se aprofundar no seu Espaço Sagrado durante este período de religação, pois as mulheres eram e são as portadoras da abundância e da fertilidade.
As mulheres honram seu Caminho Sagrado quando se dão conta do conhecimento intuitivo inerente à sua natureza receptiva. Ao confiar nos ciclos de seus corpos e permitir que as sensações venham à tona dentro deles, as mulheres vêm sendo Videntes e Oráculos de suas tribos há séculos.
Os médicos Ayurvédicos (sistema tradicional de cura da Índia) acreditam que as mulheres levam uma vantagem positiva sobre os homens por sangrarem todos os meses, vantagem este que se traduz em uma vida mais longa.
Em primeiro lugar, o ciclo menstrual ajuda a mulher alcançar um equilíbrio entre a atividade e o repouso, entre as energias voltadas para fora e as de introspecção.
Em segundo lugar, de acordo com a visão ayurvédica, o processo de menstruação purifica o corpo a cada período de 25 a 35 dias, recolhendo todos os detritos e as toxinas (chamadas amas) que se acumulam ao longo do mês e expelindo-os para fora do corpo juntamente como sangue menstrual.
Esse ama contém tudo o que não foi digerido – comida, emoções, fatores de tensão – e que ficou estagnado no corpo.

Yamas e Niyamas

A codificação do Raja Yoga está descrita no texto Yoga Sutras, de Patañjali (100 a 200 dc).
Este texto está dividido em quatro capítulos. O primeiro é Samadhi Pada, que fala da iluminação em si (samadhi). Os Yamas e Niyamas estão no segundo, que chama-se Sadhana Pada, onde encontramos os meios para se atingir o Yoga. O erceiro capítulo é Vibhuti Pada, um texto que nos remete aos poderes que o yogue depara em seu caminho.
Kaivalya Pada é o quarto capítulo onde o tema é a redenção.
Para lidar com o sofrimento e alcançar o objetivo de felicidade suprema, o Yoga Sutras propõe uma estratégia de oito passos, chamado Astanga Yoga (não confundir com Astanga Vinyasa Yoga).
Ainda que possa nos lavar a uma conduta ética, o objetivo maior da prática dos yamas e niyamas é o de aquieta a mente. Foram definidos como princípios éticos para a conduta pessoal, nos mostrando como nossos atos trazem implicações para nós.

YAMAS
Pode ser traduzido como “refreamento”.
Esses mandamentos são as regras da moralidade para a sociedade e para o indivíduo, que, se não forem obedecidas acarretam o caos, a violência, a mentira, o roubo, a dissipação e a ambição. As raízes desses males são as emoções da cobiça, do desejo e do apego, que podem ser fracas, médias ou excessivas. Elas só trazem a dor e a ignorância. Patañjali ataca a raiz desses males mudando a direção do modo de pensar, segundo os princípios de yamas.

Ahimsa
“a” negação
“himsa” violência/assassinato
O yogue acredita que matar ou destruir alguma coisa é insultar seu Criador.
A violência nasce do medo, da fraqueza, da ignorância ou da inquietação. Ela pode se manifestar no individuo, atuando em si mesmo, ou sendo direcionado para outro ser vivo. Através da consciência, o yogue contempla a criação em todos os seus aspectos com amor.
Para ganhar essa liberdade e visão faz-se necessária uma mudança de atitude perante a vida e uma reorientação da mente.
A liberação do medo – abhya – só é conseguida para aqueles que levam uma vida pura. O medo sujeita o homem e o paralisa. Teme o futuro, o desconhecido e o invisível.
Classifica-se dois tipos de ira. Um cuja raiz é o orgulho, que rebaixa a mente e a impede de ver as coisas na proporção devida e torna o julgamento falho. O segundo tipo é o que leva ao crescimento espiritual, quando o yogue se enfurece consigo mesmo, quando sua mente se rebaixa e todo o seu conhecimento e experiência não o impede de agir insensatamente.
Ahimsa gera delicadeza de espírito e visão de amor aos seres vivos.

Satya
Verdade
Se a mente pensa em coisas verdadeiras, se a língua fala coisas verdadeiras e se toda a vida está assentada na verdade, então fica-se apto para a união com o Infinito.
A realidade, em sua natureza fundamental, é o amor e a verdade, e se expressa através desses dois aspectos.
É a veracidade do pensamento, da palavra e da ação. É um alicerce para o coração puro. Então as coisas de que se necessita virão de encontro ao yogue.

Asteya
“a” negação
“steya” roubar
Não é apenas o ato de tirar o que é do outro sem permissão. É também o abuso de confiança, a má administração e abuso.
Significa também desenraizar as crenças subconscientes ligadas à falta e à carência que causam cobiça e necessidade constante de acumular coisas. Trazendo ainda a idéia de asteya para a pratica dos asanas, essas mesmas idéias subconscientes podem estar presentes quando, durante uma prática, você não dá o melhor de si, quando se economiza numa postura. Cada postura nos dá a energia necessária para realizá-la e, se nos prendemos a sensações de falta e carência, não podemos nos colocar por completo no que fazemos.

Brahmacarya
Celibato
“O que caminha com Brahman”
Termo utilizado para designar o estudante bramânico durante o período em que aprendia os Vedas aos pés de um mestre. Como a castidade era exigência disciplinar, brahmacarya tornou-se sinônimo de continência dos impulsos sensoriais, sobretudo o sexual.
Brahmacary é aquele que vê Brahman em tudo.
Patañjali enfatiza a continência do corpo, da palavra e da mente.
Quando se está apoiado na brahmacarya, desenvolve-se uma base de vitalidade e de energia, uma mente corajosa e um intelecto poderoso, o que nos capacita a lutar contra qualquer tipo de injustiça. O brahmacary usará sabiamente as forças que gera: utilizará as forças físicas para cumprir a obra do Criador, as forças mentais para a difusão da cultura e as forças intelectuais para o crescimento da vida espiritual.
Brahmacarya é a bateria que acende a tocha da sabedoria.

Aparigraha
“a” negação
“parigraha” acumular
Nos conscientiza da libarteção do hábito de nos identificarmos com as coisas que nos rodeiam para nos aproximarmos da nossa essência.
Acumular coisas implica a falta de fé em Deus.
O yogue torna a vida simples e treina sua mente para não ressentir a perda ou falta de alguma coisa.
Então tudo aquilo de que ele necessitar virá a ele por si só e na hora certa.
A vida do homem comum está repleta de uma série interminável de pertubações, de frustrações e de suas reações a elas. Desta maneira dificilmente consegue manter a mente em equilíbrio. O yogue fica satisfeito com o que quer que lhe aconteça. Conquista a paz que o leva além dos reinos da ilusão e da matéria.

NIYAMAS
São as regras de conduta que se aplica às práticas individuais do yogue.

Saucha
Pureza
A pureza do corpo é essencial ao bem-estar. Banho purificam o corpo externamente, asanas o purificam internamente, remove toxinas e impurezas causadas por excessos, pranayama limpa e ventila os pulmões. A limpeza da mente e de suas emoções perturbadoras (ódio, paixão, ira, luxúria, cobiça, ilusão e orgulho) são lavadas através de bhakti – devoção. As impurezas do intelecto são queimadas no fogo de savadhyaya – estudo do Eu.
Através de saucha o corpo é o instrumento do yogui na busca do conhecimento espiritual.
“O corpo é o seu templo. Mantenha-o puro e limpo para que a alma resida nele”.B.K.S. Iyengar
Existe a limpeza dos alimentos e o que é ingerido para provocar saúde e não toxinas (sujeiras) no organismo.

Santosha
Contentamento
A mente descontente não pode se concentrar.
Contentamento dá uma bem-aventurança insuperável. Um homem contente é um ser completo, pois conheceu o amor do Criador e cumpriu o seu dever.
Se não encontrarmos contentamento nas coisas que temos hoje, estaremos numa busca constante de felicidade que nunca será alcançada, já que sempre haverá novos desejos.

Tapas
deriva da raiz “tap” queimar
É o esforço ardente sobre quaisquer circunstâncias para a consecução de um objetivo bem de definido na vida. Envolve purificação, autodisciplina e a austeridade. Está relacionado ao corpo, à fala e à mente.
Ganha-se coragem e sabedoria, integridade, rápido progresso e simplicidade.

Svadhyaya
“sva” eu
“adhyaya” estudo
estudo do eu
Está associado ao autoconhecimento e busca por aquilo que realmente somos. É pôr um fim à ignorância, trazendo o conhecimento. Fazemos o uso das nossas atividades como um espelho para descobrirmos mais sobre nós mesmos, seja nos asanas ou nos relacionamentos com os outros e nós mesmos.

Ishvara Pranidhana
“Consagração ao Senhor”
Pode ser visto como um ato de entrega das ações e da vontade a algo maior que si próprio.
Mera força física sem bhakti – devoção - é letal. A simples adoração sem força de caráter é como um narcótico.
Quando o sentido do “eu” e do “meu” desaparece, a alma individual atinge sua maturidade.